Lionel Messi conquistou o que lhe faltava em sua brilhante carreira. O craque argentino completa 36 anos neste sábado (24) e sempre deixou claro que seu grande sonho era o título da Copa do Mundo. E ela veio: após quatro eliminações dolorosas, a quinta participação do camisa 10 na competição reservou, em 2022, o melhor momento de sua vida.
CLIQUE AQUI E ASSINE A HBO MAX PARA ASSISTIR A TODOS OS JOGOS DA CHAMPIONS LEAGUE!
Foram precisos 26 jogos até o troféu da edição de 2022, conquistado aos 36 anos na grande decisão contra a França, na disputa por pênaltis. Messi estreou na Copa ainda adolescente, com apenas 19 anos e muitas expectativas.
Início do sonho
Os comandados por José Pekerman começaram a Copa do Mundo de 2006 sem Messi entre os titulares. Grande promessa do Barcelona, o jovem argentino debutou na segunda partida da fase de grupos, contra Sérvia e Montenegro. Mesmo com poucos minutos em campo, marcou um dos gols da vitória por acachapantes 6 a 0.
No último confronto antes das oitavas, diante da Holanda, Messi foi titular. No entanto, não brilhou e deixou a partida sem marcar. A promessa começou o primeiro jogo da fase eliminatória no banco, mas entrou e contribuiu para a vitória por 2 a 1 sobre o México.
Nas quartas de final, viu a eliminação para a Alemanha acontecer após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar e derrota nos pênaltis. Ali, naquela Copa, nascia não só um grande jogador em desenvolvimento, mas também um rival destemido a derrubá-lo nas edições subsequentes.
Lionel e Diego
A mística da seleção argentina apontava para um possível título na Copa do Mundo na África do Sul, em 2010. Diego Armando Maradona, endeusado por toda a população argentina, comandava a equipe da área técnica. Messi, já consagrado com a sua primeira Bola de Ouro, era a grande estrela dentro das quatro linhas. Para o torcedor que acredita no romance da bola, o troféu parecia cada vez mais perto depois de tanto tempo.
Fato é que as expectativas criadas não foram alcançadas. Ao longo da campanha encerrada nas quartas de final, Messi não marcou nenhuma vez e sofreu com a goleada por 4 a 0 para a Alemanha. Era a sua segunda derrota em Copas para a equipe europeia.
O 'quase' no Maracanã
A terceira Copa do Mundo de Lionel Messi foi disputada no Brasil. Messi acumulava quatro Bolas de Ouro, além de três títulos da Champions League e a pressão de carregar a Argentina rumo ao título tão aguardado.
Foram grandes atuações com a camisa albiceleste em solo brasileiro. Na fase de grupos, marcou lindos gols contra todos os adversários - Bósnia e Herzegovina, Irã e dois diante da Nigéria.
O primeiro jogo no mata-mata foi mais suado. Contra a Suíça, a Argentina empatava em 1 a 1 quando, já na prorrogação, Messi carregou a bola até encontrar Di María e fechar o placar com o segundo gol. Nas quartas de final, venceram a potente geração belga, que dava seus primeiros passos com Lukaku, Hazard e De Bruyne, por 1 a 0.
A semifinal terminou em 0 a 0 contra a Holanda, vice-campeã da competição na época, e vitória nos pênaltis dentro da Arena Corinthians.
Todos os caminhos levavam os argentinos ao Maracanã. Mais uma vez diante da poderosa Alemanha, confiante pelo histórico e irreparável 7 a 1 sobre o Brasil nas semis, não deu para Lionel Messi e companhia. A partida truncada terminou em 0 a 0 no tempo normal.
Na prorrogação, Mario Götze superou Romero e decretou o título aos europeus. Muito abalado, Messi não conseguiu entregar um sorriso aos fotógrafos enquanto recebia o prêmio de melhor jogador da competição.
Melancolia na Rússia
Messi revelaria, após vencer a Copa de 2022, o quanto havia sofrido nas edições anteriores por não ter conseguido conquistar o título. Em 2018, na Rússia, a passagem pela competição não durou muito: com apenas um gol marcado na fase de grupos, o camisa 10, aos 31 anos, foi eliminado pela futura campeã França por 4 a 3 em um dos grandes duelos daquela edição.
Um possível troféu ficaria para a Copa seguinte, já veterano, na qual teria de reafirmar, de uma vez por todas, o seu tamanho para toda uma população e todo um país.
Epopeia extraterrestre
Longe do Barcelona, aos 35 anos, a última dança de Lionel Messi o colocou na prateleira de Pelé e Diego Maradona. A edição na Copa do Mundo de 2022, no Qatar, trazia um enredo diferente: pela primeira vez, Messi não era a única esperança da seleção para erguer o tricampeonato.
É claro que os olhares estariam voltados para o craque, mas o time de Lionel Scaloni chegou ao Mundial com a conquista da Copa América de 2021, contra o Brasil, e da Finalíssima, contra a Itália. Os argentinos estampavam uma invencibilidade de 36 jogos até o início do torneio - a dois do recorde entre seleções -, que não começou como esperado.
Contra a Arábia Saudita, Messi marcou de pênalti, mas viu uma virada histórica da equipe asiática por 2 a 1. O craque não se abalou e, com mudanças na equipe promovidas pelo treinador, ajudou a seleção nas vitórias contra México e Polônia.
O recital mais harmônico que Messi pode apresentar começou a ser tocado na fase mata-mata. Principal articulador de jogadas, marcou gols em todas as partidas.
Diante da Holanda, nas quartas, expôs ao mundo o seu espírito maradoniano e venceu o confronto em meio às provocações do adversário - revidadas, sem a classe habitual do argentino, mas celebradas como nunca pelos torcedores. O sentimento de libertação tomou conta da sinfonia do 10.
A Croácia foi a adversária nas semifinais. Marcado por Gvardiol, um dos destaques da competição, o camisa 10 fez o que quis e terminou o jogo com um gol e uma brilhante assistência para Julián Álvarez. A Argentina, definitivamente, chegava à decisão muito confiante de que havia vivido de tudo em pouco menos de um mês de competição.
O título viria contra a atual campeã França. Os dois tempos regulamentares mostraram uma Argentina dominante, tranquila, longe de sofrer com o forte ataque francês. Messi e Di María, ainda no primeiro tempo, marcaram. Mas Kylian Mbappé, companheiro de Messi no PSG, apareceu com dois gols nos 15 minutos finais e levou o jogo para a prorrogação.
A vontade de vencer se tornou muito mais forte do que qualquer cansaço físico. No tempo extra, Messi marcou o terceiro para os hermanos e levou os argentinos à loucura. Antagonista, Mbappé igualou o placar em penalidade convertida a poucos minutos do fim.
O psicológico de Dibu Martínez, goleiro sul-americano, falou mais alto do que o talento francês na disputa decisiva por pênaltis. Messi converteu sua cobrança com muita categoria, e encorajou seus companheiros até o gol de Montiel, que sacramentou o tri.
O argentino não teve forças para correr em direção aos jogadores e torcida: se ajoelhou, vibrou e chorou como quem esperava por esse momento desde menino.
Hora de descansar
Abençoado por Maradona, que faleceu em novembro de 2020, Messi se consagrou como herói albiceleste. Se antes havia alguém que duvidava não só de seu tamanho, mas também de sua nacionalidade, todos agora se curvam ao gênio, extraterrestre, dono de qualquer adjetivo designado a quem é fora de série.
Agora, segue com a equipe de Lionel Scaloni, mas já deixou claro que não disputará a Copa do Mundo de 2026.
Messi venceu a Copa do Mundo após 26 partidas disputadas, com 13 gols, oito assistências, cinco edições e dois prêmios individuais.
Não me falta nada no futebol. Já conquistei tudo", disse Lionel Messi, após vencer a Copa do Mundo.
from TNT Sports https://ift.tt/caERDPr
via IFTTT
0 Comentários