O Barcelona tomou um 3 a 0 contundente do Benfica no Estádio da Luz, o que colocou o time em situação difícil na Champions League e tornou Ronald Koeman um técnico que a diretoria do clube não quer mais. Só que há um problema nisso: a multa rescisória do técnico é de € 12 milhões e o clube vive uma crise financeira. No meio disso, Frenkie De Jong defende o compatriota, enquanto já se cogitam nomes que possam substituir o treinador.

“É um resultado difícil de lidar, e não foi o que vimos em campo. Ainda que tenhamos sofrido um gol cedo, fomos bem até tomarmos o 2 a 0. Tivemos um bom número de chances de marcar e não aproveitamos. É assim que você muda os jogos. Se eles marcaram as três chances que criaram e nós não, então essa é a grande diferença entre os dois times”, disse Koeman após a derrota para o Benfica.

A situação do Barcelona começa a ficar complicada na Champions League depois de duas derrotas – e duas derrotas pesadas, por 3 a 0, a primeira delas para o Bayern de Munique em casa. Na próxima rodada, o time enfrentará o Dynamo Kiev e precisa vencer os dois jogos com os ucranianos para se recuperar. A última vez que o clube não conseguiu avançar em um grupo foi na temporada 2000/01.

Com o desempenho do time tão ruim, Koeman é mais questionado do que nunca. “Eu só posso dar a minha opinião sobre o meu trabalho no clube. Me sinto apoiado pelos meus jogadores e sua atitude”, disse Koeman. “O resto, o clube, não tenho certeza. Não posso dizer mais, porque eu não sei o que o clube pensa nesse caso. Não está em minhas mãos”.

No jornal El País, se fala que o clube acelera a saída de Koeman do cargo. O presidente, Joan Laporta, não quis tomar nenhuma decisão de cabeça quente. No retorno da equipe à Catalunha, foi organizada uma reunião de emergência da diretoria. Entre os participantes, Mateu Alemany, diretor de futebol, e Rafa Yueste, vice-presidente desportivo. Além deles, participou também Enric Masip, assessor esportivo da diretoria. O assunto era o futuro de Koeman.

Entre os nomes cogitados para substituir Koeman, algumas figurinhas carimbadas. Uma delas é Xavi, ex-jogador e ídolo barcelonista. Ele treina atualmente o Al-Sadd, do Catar. Outros nomes estão na lista: roberto Martínez, atual treinador da Bélgica, é outro cogitado. Óscar García, que já foi técnico do Barcelona B e atualmente dirige o Reims, é visto como uma opção de curto prazo. Ele assumiu o clube francês nesta temporada.

Outro nome que agrada algumas pessoas da diretoria é Andrea Pirlo, o que imaginamos que tenha a ver com o jogador, porque o treinador Pirlo mostrou pouco trabalho interessante na Juventus para ser cogitado em um cargo que exigirá muito de quem ocupá-lo. O italiano pode ter ideias que se alinham ao que a diretoria espera, mas isso não é uma garantia de ter capacidade de fazer valer isso em campo – e o que vimos na Juventus deixa sérias dúvidas.

Um nome que tem ganhado força é o de Marcelo Gallardo. O técnico do River Plate tem uma carreira sólida e consolidada no futebol sul-americano. Conquistou títulos, montou e remontou o River Plate algumas vezes e esteve no topo do continente por duas vezes.

Por enquanto, porém, Koeman fica. Ele está suspenso do jogo do próximo fim de semana contra o Atlético de Madrid, no Estádio Wanda Metropolitano. Assim, o clube deve esperar passar esse jogo, já que em seguida teremos uma data Fifa. Com mais tempo, a diretoria irá avaliar qual é a melhor opção. Koeman, porém, parece com os dias contados no clube. E essa é uma responsabilidade que Joan Laporta terá que assumir.

Laporta venceu as eleições em março e tinha diversos desafios pesados pela frente. O maior deles era a crise financeira, que se mostrou muito maior do que ele esperava. Depois de vencer a eleição e assumir o cargo, Laporta se recusou a garantir que Koeman ficaria. Estava claro desde o começo que ele não confiava no holandês. Por falta de opção ou para não mexer desnecessariamente, Laporta decidiu manter o treinador, em anúncio feito em junho.

Poucos meses depois, o questionamento sobre o treinador é imenso. As trocas de farpas entre o técnico e presidente são públicas. A diretoria, que já não confiava, se vê em uma situação complicada que ela mesma criou. Se decidir pagar a multa, Laporta será o principal responsável. Foi ele que quis manter Koeman mesmo sem acreditar.



Fonte: Trivela....from Trivela https://ift.tt/3AWiszH
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